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12/03/2014

A FENPROF vai realizar um debate, no dia 18 de Março, às 14h00, em Lisboa, no Instituto Superior Técnico, Complexo Interdisciplinar, Anfiteatro Abreu Faro, sobre o tema “CIÊNCIA SEM CIENTISTAS? Não ao retrocesso da Ciência em Portugal!”, em que os problemas da Ciência e da Investigação em Portugal serão debatidos


Debate "“O Presente e o Futuro da Ciência em Portugal: A Importância dos Bolseiros de Investigação"



23/02/2014


COMUNICADO

A Comissão representativa da Plataforma em Defesa da Ciência e do Emprego Científico considera que o recente anúncio, por parte da FCT, da intenção de atribuir mais 300 a 350 bolsas de Doutoramento e Pós-Doutoramento no âmbito do Concurso de 2013 está muito longe de responder às exigências que hoje se colocam no tocante à prossecução de carreiras científicas em condições de estabilidade e de dignidade profissional. Desde logo porque o número anunciado fica manifestamente aquém do número de bolsas atribuídas em anos anteriores, significando isso que as expectativas da grande maioria dos candidatos ficarão, uma vez mais, defraudadas.
Por outro lado, é sintomático que a FCT tenha escolhido o instrumento das bolsas de investigação para um gesto de mera demagogia e propaganda política, destinado a conter o amplo descontentamento da comunidade científica que ecoou nos órgãos de comunicação social, deixando ao mesmo tempo sem resposta a indignação gerada pela forma como decorreu o Concurso de Investigador FCT 2013. Compreende-se porquê. A atribuição de bolsas perpetua a condição de precariedade laboral dos investigadores científicos, excluindo-os da protecção jurídica do trabalho assegurada por um vínculo contratual. Já os contratos decorrentes do Concurso de Investigador, embora precários no tempo, introduzem um regime de dignidade profissional que está de todo ausente na figura das bolsas de investigação.
Ao privilegiar uma falsa resposta ao escândalo da escassez de bolsas de investigação, “esquecendo” o escândalo, porventura maior, de todas as irregularidades que estiveram na origem da drástica restrição dos contratos de Investigador, a FCT faz uma escolha política. Mostra que está contra a estabilidade laboral dos profissionais da ciência, sem a qual não pode haver continuidade nos projectos de pesquisa, e mostra também um padrão de insistência na desvalorização social dos investigadores em Portugal.
É por isso que apelamos a todos os candidatos ao Concurso de Investigador FCT para que não cruzem os braços e se mantenham determinados em avançar para a impugnação judicial desse concurso. Neste momento, a Plataforma reúne já todas as condições para que essa impugnação seja encetada. Precisamos apenas de que o maior número de candidatos excluídos se una em torno desta iniciativa.
O combate pela reposição da justiça e da transparência no referido Concurso continua a ser um imperativo de todos nós. Ele é parte da luta que temos de travar por uma carreira científica que respeite as condições de estabilidade e dignidade no emprego.  
     
A Comissão Representativa da Plataforma em Defesa da Ciência e do Emprego Científico
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19/02/2014

O SNESUP disponibilizou duas minutas para a apresentação de queixas ao Provedor de Justiça relativas aos concursos Investigador FCT e de bolsas.

Investigador FCT:http://www.snesup.pt/htmls/_dlds/Queixa_individual_Provedor%20_ConcursoFCT_minuta.doc

Bolsas:
http://www.snesup.pt/htmls/EFAkyFZyVEMjnLtokG.shtml



11/02/2014

De forma a termos uma ideia precisa do número de colegas interessados em participar nas próximas actividades da Plataforma - a impugnação do concurso e a realização do Encontro Nacional de Investigadores, Docentes e Bolseiros, em Maio de 2014, repetimos o apelo para que preencham o seguinte formulário.




11/02/2014


Comunicado do Conselho dos Laboratórios Associados

  
EM DEFESA DA CIÊNCIA

Nas últimas semanas, cientistas eminentes e outras figuras públicas manifestaram a sua frustração com o que consideram ser uma política nefasta para a ciência por parte do governo. Realizaram-se também reuniões e manifestações de bolseiros e de investigadores em numerosos locais do país, formaram-se plataformas de intervenção cívica e várias instituições tornaram pública a sua enorme preocupação.

A Comissão Executiva do Conselho dos Laboratórios Associados tornou público um apelo ao governo, à Assembleia da República e ao Presidente da República, no dia 23 de Janeiro.

Nesse apelo, denunciava-se a vontade política de reduzir a comunidade científica portuguesa, pois, por decisão da FCT e do governo, tinham sido atribuídas apenas metade das bolsas de doutoramento habitualmente concedidas e menos de um terço das bolsas de pós-doutoramento. Isto depois de, poucas semanas antes, terem sido excluídos mais de 1000 investigadores doutorados enviando-os para o desemprego ou para o exílio forçado. Também o financiamento plurianual dos Laboratório Associados, daqueles que recebiam financiamento, tinha sido reduzido 30% em média, impedindo-lhes pois também, na maioria dos casos, a criação de oportunidades de emprego qualificado. Tais medidas não resultariam aliás de cortes no orçamento da FCT, que se manteria quase idêntico ao do ano anterior.

O CLA afirmava ainda:

“Reduzir drasticamente, como se pretende, a formação avançada de recursos humanos em ciência, e mandar embora grande número de cientistas qualificados, tem como consequência imediata reduzir a capacidade científica do País e a sua cultura científica e conduz ainda, inevitavelmente, à quebra de capacidade tecnológica do tecido empresarial português, atrasando a sua renovação e penalizando a sua competitividade.”

Entretanto, não só este apelo dos cientistas não teve resposta positiva, como novos factos vieram avolumar as preocupações expressas.

Vozes qualificadas e sociedades científicas reputadas vieram a público denunciar as alterações profundamente negativas introduzidas pelo governo ou pela FCT no sistema de avaliação da ciência conduzido pela FCT, subvertendo a confiança e a estabilidade desse sistema. Foram denunciados casos de membros sem qualificações mínimas nomeados para conselhos científicos da FCT e para júris, ao mesmo tempo que júris competentes se demitiam publicamente por interferência administrativa nas suas decisões, chegando a FCT ao ponto de alterar o ordenamento das classificações decididas pelos júris.

Tais denúncias, só tornadas públicas depois de não terem merecido explicação e retractação pelos responsáveis, nem assim tiveram resposta adequada.

A situação atingiu tal gravidade que, como veio a público na imprensa, o próprio Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia, Conselho inteiramente nomeado pelo governo, vem pedir uma auditoria aos processos de avaliação da FCT, exprimir a sua preocupação sobre as decisões tomadas de exclusão e condenação ao desemprego ou à emigração de inúmeros cientistas qualificados e recomendar medidas correctivas.

Verificamos contudo que o comunicado aprovado pelo CNCT e largamente publicitado na imprensa não saiu normalmente a público porque o governo se permitiu exercer pressão sobre as deliberações deste órgão consultivo por si nomeado, para que as altere ou, pelo menos, as não divulgue publicamente!

Também finalmente se soube que o governo tinha entregado à Comissão Europeia, o “Contrato de Parceria” que governará as prioridades e instrumentos de intervenção na utilização em Portugal dos fundos estruturais europeus entre 2014 e 2020. Conhece-se a importância que os fundos estruturais (FEDER e FSE) têm tido no desenvolvimento científico do País. Contudo, apesar de sucessivos apelos por Universidades e organizações científicas, e pelo próprio CLA, o governo, à revelia das normas nacionais e comunitárias, não lhes submeteu para parecer a sua proposta, supomos que pela primeira vez desde que Portugal aderiu à CEE.

Mais recentemente, foi a comunidade científica surpreendida com as declarações de responsáveis governamentais, e designadamente do Primeiro-Ministro que ouvimos com estupefacção afirmar que os cientistas não teriam respondido adequadamente aos investimentos feitos na Ciência. A produção científica e as patentes, indicadores citados, não teriam evoluído em conformidade, e assim Portugal não tinha ainda atingido os níveis de países mais desenvolvidos. Por isso, seria necessário mudar de política!

O CLA gostaria apenas de responder serenamente que estas afirmações infelizes carecem de fundamento.

Precisamente por Portugal não ter atingido ainda os níveis científicos dos países mais desenvolvidos, deve manter, sem falhas, o investimento na Ciência.

Em percentagem do PIB, Portugal investe apenas três quartos da média europeia.
Por investigador, e corrigindo já as paridades de poder de compra, os cientistas portugueses trabalham com metade do financiamento médio europeu.

E contudo, na última década, ou nas últimas duas décadas, a produção científica nacional referenciada internacionalmente cresceu muito mais que o crescimento dos recursos investidos na ciência. O mesmo aconteceu com as patentes, ou com o número de cientistas doutorados. A balança de pagamentos tecnológica de Portugal, sempre deficitária, equilibra-se a partir de 2007.

A produção científica Portuguesa, na última década, é multiplicada por 3 e coloca Portugal a par da Itália ou da Espanha, convergindo com os níveis por habitante de países mais desenvolvidos, a partir de níveis tradicionalmente muito baixos. Mas para vir a atingir esses níveis, Portugal tem de continuar a investir na Ciência, hoje que sabe poder ter confiança na produtividade crescente dos cientistas.

Mais: de acordo com a OCDE pouquíssimos países conseguiram, nas últimas décadas, um desenvolvimento científico tão extraordinário como Portugal. Até em matéria de publicações científicas de alta qualidade, Portugal aproxima-se hoje de médias da OCDE, partindo de níveis baixíssimos há poucos anos. Será que apenas alguns em Portugal não querem ver o extraordinário progresso científico português que os mais competentes no resto do mundo elogiam?

Em matéria económica, sabemos que sem o desenvolvimento científico já atingido se não teriam modernizado e tornado essenciais sectores empresariais tradicionais, como o têxtil e o calçado, que se não se teriam informatizado os serviços e a generalidade da indústria, e do sector agro-alimentar, que não poderíamos ter atingido os actuais níveis de saúde, de qualidade de ambiente, de comunicações, de protecção face a desastres. Sem o desenvolvimento científico já atingido, muitas das nossas exportações simplesmente não existiriam, nem seria possível novo investimento industrial de qualidade. Os níveis de progresso já atingidos têm de ser superados, mas para tal é necessário ainda mais e melhor conhecimento, mais ciência.

Para progredir, como sociedade desenvolvida e culta, e como economia viável e baseada no conhecimento, Portugal tem de continuar a apostar no seu desenvolvimento científico.

Em matéria de recursos humanos, Portugal atingiu finalmente números de cientistas no conjunto da população próximos das médias da OCDE, embora ainda mais baixos que os dos países mais desenvolvidos. Este é pois o seu principal capital para o futuro que se não pode, a pretexto algum, desbaratar. Não aceitaremos nunca que se forcem à emigração e ao desemprego os mais qualificados, e especialmente os cientistas doutorados com provas dadas.

O CLA apela a todos os cientistas, a todas as organizações científicas e de ensino superior, às empresas inovadoras, aos profissionais qualificados de todas as áreas, e à opinião pública, para que defendam o futuro da ciência: por aí passa o futuro da sociedade.

O CLA quer ainda deixar a todos os jovens uma mensagem de esperança e de resistência: a Ciência em Portugal fez-se, ao longo de séculos, com enormes sacrifícios.
A todos, e ainda especialmente aos nossos colegas cientistas de outros países que connosco diariamente trabalham, é devida uma palavra de confiança e de solidariedade.

Nas últimas décadas, finalmente, a sociedade portuguesa e os seus então poucos cientistas conseguiram o que parecia impossível: chamar à educação científica jovens de todos os grupos sociais, mulheres e homens, criar instituições científicas modernas e apoiadas internacionalmente, produzir ciência de qualidade, desenvolver a apropriação da ciência pela sociedade e pela economia, garantir o progresso tecnológico. A Ciência é hoje, mais do que nunca, indispensável e reconhecida como tal. O seu progresso tem de continuar e de se acelerar em Portugal.


CLA, 10.02.2014
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10/02/2014

Caros colegas, 

a Plataforma em Defesa da Ciência e do Emprego Científico enviou um email aos Reitores das várias Universidades a perguntar se pretendiam  assumir disponibilidade idêntica à da UMinho para apoiar juridicamente os candidatos que desejem contestar o Concurso FCT de Bolsas de Doutoramento e Pós-Doutoramento.
Até agora obtivemos resposta da Universidade de Évora e de Coimbra que transcrevemos em seguida:

Universidade de Évora

Na sequência do e-mail infra cumpre-me informar do despacho do Sr. Reitor da Universidade de Évora Professor Doutor Carlos Braumann: “Os interessados poderão pedir aconselhamento jurídico ao Gabinete Jurídico”.

Com os melhores cumprimentos,

Cristina Centeno
Chefe de Gabinete do Reitor


Universidade de Coimbra

Exmos Senhores,

Por decisão do Reitor, cumpre informar que a Universidade de Coimbra concede apoio jurídico às reclamações e contestações que os candidatos a bolsa da FCT queiram apresentar, desde que esta Universidade tenha sido indicada como instituição de acolhimento na candidatura e se o motivo da reclamação se prender com questões específicas da bolsa em causa e da sua análise pela FCT.

No que respeita às reclamações quanto ao mecanismo e critérios de seleção, as mesmas serão compiladas para eventual inclusão numa posição de índole geral que a UC venha a apresentar à FCT, mas não serão objeto de apoio jurídico.

Os candidatos na situação acima referida deverão contatar a Divisão de Apoio e Promoção da Investigação (DAPI) da universidade de Coimbra, cujos contactos se encontram disponíveis em http://www.uc.pt/administracao/dapi, para quaisquer questões relacionadas com esta matéria.

Com os melhores cumprimentos,

Teresa Antunes

Chefe de Gabinete do Reitor da Universidade de Coimbra
Reitoria • Paço das Escolas | 3004-531 COIMBRA • PORTUGAL
Telefone: +351 239 859 810/20/40/90
teresa.antunes@uc.pt
www.uc.pt/governo/reitoria/gbreitor/


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http://expresso.sapo.pt/governo-pressiona-conselho-de-ciencia-para-nao-divulgar-criticas=f854429?utm_source=newsletter&utm_medium=mail&utm_campaign=newsletter&utm_content=2014-02-06

http://www.tsf.pt/PaginaInicial/Portugal/Interior.aspx?content_id=3657268

http://www.ionline.pt/artigos/portugal/paul-nurse-corte-nas-bolsas-da-ideia-fazer-ciencia-jogar-no-casino-0/pag/-1

http://www.publico.pt/ciencia/noticia/a-utopia-revolucionaria-da-fundacao-para-a-ciencia-e-a-tecnologia-1621279

http://www.publico.pt/ciencia/noticia/sindicato-prepara-iniciativas-juridicas-sobre-concurso-da-fct-1621450

http://www.publico.pt/ciencia/noticia/a-ciencia-em-portugal-e-de-todos-hoje-um-amanha-500000-1621280

http://www.ihc.fcsh.unl.pt/pt/noticias/item/36484-em-nome-da-hist%C3%B3ria

http://www.publico.pt/sociedade/noticia/o-novo-paradigma-da-ciencia-a-avaliacao-opaca-1621315

http://ihc.fcsh.unl.pt/pt/noticias/item/36480-pol%C3%ADtica-cient%C3%ADfica

http://cria.org.pt/site/cria/noticias/521-mensagem-da-direcao.html

http://www.publico.pt/ciencia/noticia/a-politica-cientifica-e-a-tesoura-de-podar-1620790

http://expresso.sapo.pt/fct-acusada-de-subverter-avaliacao-de-candidatos-a-bolsas=f852038

http://www.publico.pt/ciencia/noticia/plataforma-vai-avancar-com-impugnacao-do-concurso-investigador-fct-2013-1620686





Miguel Seabra (presidente da FCT), António Coutinho (Gulbenkian), Raquel Varela e Edgar Gomes (investigadores) em debate no Expresso da meia-noite.


21-01-2014

A FCT indeferiu o nosso pedido de anulação do concurso Investigador FCT 2014:






A ABIC irá assegurar o transporte de várias regiões do País e pede às pessoas para se inscreverem no seguinte link:


Os horários e os locais de partida serão os seguintes:

Porto - 9h00 - Estação de Campanha
Aveiro - 10h00 - Autocarro Bar
Coimbra - 11h15 - Largo D. Dinis



09/01/2014


Reunião plenária da Plataforma no dia 7 de janeiro
Realizou-se ontem, na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, uma reunião plenária da Plataforma em Defesa da Ciência e do Emprego Cientifico em Portugal. Com a participação de cerca de uma centena de investigadores, bolseiros e docentes, foi decidido:
- avançar com o processo de impugnação judicial do concurso Investigador FCT (moção 3, "Impugnação judicial do concurso investigador FCT", votada com 77% de votos a favor, 18% de abstenções e 5% de votos contra);
- organizar um encontro nacional para debater o emprego científico, em Maio, segundo um modelo de intervenções auto-propostas, ordenadas tematicamente por uma comissão organizadora (moção 4 "Encontro Nacional de Docentes, Investigadores e Bolseiros", aprovada por quase a totalidade dos presentes) ;
- constituir a Plataforma como uma associação não formal, que cobrará quotas anuais e receberá doações, de forma a custear a acção judicial e a organização do Encontro (propostas aprovadas por quase a totalidade dos presentes);
- remeter a moção 5 "Acesso Gratuito a Salas nas Instituições para realização de reuniões de docentes, investigadores e bolseiros", aprovada por maioria, com uma abstenção, à direcção de todas as Faculdades e Institutos Politécnicos.

30/12/2013

Plenário de todas as áreas científicas.
Docentes, Investigadores e Bolseiros, 7 de Janeiro de 2013 - Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, auditório 1, 18 horas (Av. de Berna)



Caros colegas,

A comissão representativa da Plataforma em Defesa da Ciência e do Emprego Científico vem chamar um plenário geral de docentes, investigadores, bolseiros no dia 7 de Janeiro de 2014, às 18:00, na FCSH, com a seguinte ordem de trabalhos:
1.     Apresentação do progresso nas acções realizadas pela Plataforma desde a reunião de 9 de Dezembro;
2.     Progresso na constituição da Plataforma como uma organização com existência legal, com membros associados que são responsáveis pelo seu financiamento;
3.   Concurso Investigador FCT 2013 e acções a realizar;
4.   Preparação da Reunião Nacional de Cientistas, Docentes, Investigadores, Bolseiros para debater e propor soluções para o emprego científico, a ter lugar durante o primeiro trimestre de 2014.

Aproveitamos para relembrar a página no Facebook, que serve para discussões entre os interessados, para além do site internet:

Com os nossos melhores cumprimentos,


A Comissão Representativa da Plataforma

                                               

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22/12/2013

Plenário de Docentes, Investigadores e Bolseiros, 7 de Janeiro de 2013

Caros colegas,

Na reunião dos representantes da Plataforma com a Presidência da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), realizada no dia 17 de Dezembro de 2013, apresentámos as moções aprovadas com as respectivas assinaturas recolhidas em plenário e online. Nesta reunião, confirmámos infelizmente a procedência das queixas dos membros da Plataforma face ao concurso Investigador FCT 2013. E tivemos a confirmação de que nem todas as candidaturas tiveram citamos “a mesma atenção na avaliação no painel internacional”.
Dado que a FCT continua a negar qualquer irregularidade neste concurso, a Plataforma em Defesa da Ciência e do Emprego Científico em Portugal (PlataformaDEC) accionou um recurso para o Conselho Directivo da FCT no sentido de requerer a não homologação do concurso, dadas as manifestas ilegalidades do mesmo.
Fomos informados pela Presidência da FCT, que esta tenciona aceder aos pedidos de acesso à documentação do concurso, previsto pela lei. Para tal, de modo a dar oportunidade a todos de fazerem este pedido de forma homogénea (e não como tem sido agora por email, carta ou telefone), esse pedido deve ser expresso no formulário da audiência prévia no site do concurso. Disseram-nos que serão deslacrados os formulários que já foram submetidos. Este pedido tem de ser feito até ao final do prazo (26 de Dezembro). Depois a FCT abrirá um novo prazo de audiência prévia de mais 10 dias para que os candidatos possam apresentar as suas reclamações já sustentadas na documentação fornecida.
Estamos a aguardar que a FCT anuncie publicamente esta decisão.

Na reunião com a Comissão Parlamentar de Educação, Ciência e Cultura apresentámos as moções, a lista de irregularidades e a nossa posição relativamente a toda esta situação. A reunião serviu essencialmente de preparação para a audição de hoje (às 10h) da Secretária de Estado Leonor Parreira na já referida Comissão Parlamentar.

Todas as outras medidas (como a impugnação judicial, custos e resultados da mesma) devem ser agora decididas em plenário, que convocamos para o dia 7 de Janeiro de 2014.
A Plataforma não encara este concurso como um problema individual nem dos candidatos. A sê-lo implicaria uma acção individual e não colectiva. A exigência de concursos transparentes, sérios, equitativos, com regras que se cumprem, é um requisito de toda a comunidade científica nacional, para este e para futuros concursos da FCT, que envolve todos. É também um compromisso ético para com centenas de colegas, cujas candidaturas não foram objecto de uma avaliação equitativa.

A acção judicial colectiva ou apoio individual jurídico, no âmbito das irregularidades no concurso Investigador FCT, a realização de uma reunião geral nacional de cientistas - a marcar no primeiro trimestre de 2014, aberta a todos os que quiserem discutir e apresentar propostas; uma campanha de sensibilização da opinião pública; reuniões com os reitores, as direcções de universidades e unidades de investigação; a criação de um órgão de informação geral sobre emprego científico, são propostas já apresentadas e/ou entretanto apresentadas à Plataforma por muitos colegas do sistema científico nacional.
Estas propostas envolvem um grau de responsabilidade colectivo. A comissão representativa vem assim chamar um plenário geral de docentes, investigadores, bolseiros no dia 7 de Janeiro de 2014, às 18:00, em local a designar, com a seguinte ordem de trabalhos:
1.     Apresentação do progresso nas acções realizadas pela Plataforma desde a reunião de 9 de Dezembro;
2.     Progresso na constituição da Plataforma como uma organização com existência legal, com membros associados que são responsáveis pelo seu financiamento;
3.   Concurso Investigador FCT 2013 e acções a realizar;
4.   Preparação da Reunião Nacional de Cientistas, Docentes, Investigadores, Bolseiros para debater e propor soluções para o emprego científico, a ter lugar durante o primeiro trimestre de 2014.

Pedimos a vossa colaboração com sugestões de possíveis localizações para esta próxima reunião.
Aproveitamos para vos informar de que temos agora uma página no Facebook, que servirá para discussões entre os interessados, para além do site internet previamente divulgado por nós (links em baixo).

Com os nossos melhores cumprimentos,

A Comissão Representativa da Plataforma

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A Plataforma no Facebook

https://www.facebook.com/pages/Plataforma-em-Defesa-da-Ci%C3%AAncia-e-do-Emprego-Cient%C3%ADfico-em-Portugal/335580103250635?hc_location=stream

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Notícias publicadas


http://www.tvi24.iol.pt/503/sociedade/concurso-fct-anulacao-ilegalidades-raquel-varela-tvi24/1520008-4071.html

http://www.publico.pt/ciencia/noticia/investigadores-fazem-ultimato-a-fct-1616543

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Aconselhamos para já a todos os que considerem a sua avaliação injusta ou procedimentalmente errada a enviar de imediato um email à FCT

1) A pedir o acesso a todos os elementos do processo de avaliação. Estes documentos, como diz a lei, serão quaisquer suportes de informação gráficos, sonoros, visuais, informáticos ou registos de outra natureza, elaborados por todos os intervenientes na fase única de avaliação deste concurso, assim como quaisquer suportes de informação que contenham dados pessoais. Ou seja, tudo o que respeita ao concurso, designadamente: processos, relatórios, estudos, pareceres, actas, autos, circulares, ofícios-circulares, ordens de serviço, despachos normativos internos, instruções e orientações de interpretação legal ou de enquadramento da actividade ou outros elementos de informação. 

2) A exigir informação sobre quem fez parte do "painel" externo de avaliação.
Estas informações devem ser concedidas ao abrigo da art. 1º, 7º, 12º, 13º, da Lei de Acesso aos Documentos Administrativos, com as alterações introduzidas pela Lei nº8/95, de 29 de Março, pela Lei nº 94/99, de 16 de Julho, e pela Lei nº 19/2006, de 12 de Julho.


3) A fazer a audiência prévia, no campo digital criado pela FCT para o efeito, dentro do prazo estipulado, onde deverão realizar a vossa defesa no que diz respeito ao procedimento e às questões científicas. De acordo com a resposta dada pela FCT a uma colega, o pedido de audiência prévia deve ser feito em inglês.

1 comentário:

  1. Stefania Barca, IF/01089/2013: aproveito este espaçõ para compartilhar com os(as) colegas o texto do meu pedido de audiência prévia:

    I do not have access to my referees' reports, thus my ability to judge the evaluation process are seriously impaired. In addition, this lack of information is unexplicable and discrimnatory, due to the fact that a number of other candidates have had access to the same reports.

    On the base of the information I have had access to, I contest the following statements:

    1) 'the application did not clarify the nature of the case studies proposed'. Response: the nature of the case studies is clearly specified in the following passage: 'a global recollection of case studies documenting the dynamics of the work/environment conflict in different contexts: this task will be conducted through an extensive literature review in Environmental History, Environmental Sociology, Labor Studies and related fields, as well as by searching the studies and databases made available by national and international organizations such as Sustainlabor (International Labour Foundation for Sustainable Development), GRAIN, EJOLT (Environmental Justice Organizations, Liabilities and Trade), and the Brazilian Environmental Justice Network (RBJA).' I claim that, given the limited space available, the information above was clear enough to recon the nature of the case studies to be searched.

    2) 'the criteria for determining the representativeness of the data acquired was not specified' Response: the representativeness of case studies was to be refined as a result of the first task in the project, that of criss-crossing specialized literature review on the labor/environment conflict at the global scale, with systematic searching of available databases on 'environmental conflicts concerning mining, manufacturing, and waste disposal activities in different contexts (industrializing as well as de-industrializing countries, democratic as well as dictatorial regimes)'. Such empirical method of non pre-determinination of representativeness criteria is consistent with the human science approach and specifically with historical methodology.

    3) 'Some of the concepts were felt to be superseded by more recent social science research'. Response: impossible to give a detailed answer due to non-specification of what are the incriminated concepts and what social science research would supersede them. Such vagueness originates a suspicion of ideological bias on the part of the evaluators.

    Overall, I consider this evaluation unfair and irrespectful of my dignity as a scientist whose excellence has received numerous international acknowledgments, and who has spent almost five years of hard work to contribute to the scientific excellence of portuguese research institutions (the Center for Social Studies and the University of Coimbra) through teaching, supervising and coordination of research and outreach activities, conducted in the interest of those institutions, which have not been taken into due account in the global evaluation.

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